quarta-feira, 4 de abril de 2012

Uma vez é igual a nenhuma


Eu me expus.

Eu sempre me exponho pois não me expor é morrer.

Ou teria sido mais bonito dizer que não se expor é “renunciar à vida”. Assim não tocaríamos em Seu nome. Assim, não falaríamos Dela.

Às vezes eu simplesmente acho que a vida é uma perfeita sinfonia em que cada nota se encaixa em seu lugar e em seu tempo;

Agora eu só acho que perdemos nosso tempo sempre porque somos covardes. Passamos a vida inteira sendo covardes e com medo da vida. Medo de que ela Doa. Medo de sermos ridículos. E assim nos privamos dela e de nós mesmos, sendo ridículos.

É inadmissível precisar ter uma experiência de quase-morte pra começar a viver a vida.

É inadmissível mesmo assim ainda perder tempo romantizando sobre notas que se encaixam perfeitamente como uma sinfonia quando a vida escancaradamente é uma ópera. Cada nota me corta ao meio e eu só conheço acordes dissonantes...

Sendo assim, correndo o risco de destoar do controle que não me deixa nem admitir pra mim mesma, devo dizer: EU TE AMO. Eu te amo e você vai morrer.

Preciso admitir isso para o mundo e pra mim mesma. Preciso gritar para o mundo: EU TE AMO E VOCÊ VAI MORRER!

Assim começa a nossa história.

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